Respeito à mulher

“Mas os que desejavam casar-se precisavam raptar aquelas que pretendiam como esposas, não moçoilas ainda não casadouras, mas mulheres vigorosas e já maduras para terem filhos; e quando havia uma raptada em tais condições vinha a intermediária do casamento e lhe raspava inteiramente os cabelos até o couro, depois a vestia com um traje de homem e do mesmo modo o calçado, e deitava-se sobre o colchão, inteiramente só e sem candeia. Feito isso, o recém-casado, não estando ébrio, nem mais delicadamente vestido como de costume, mas tendo jantado sóbriamente como de ordinário, voltava secretamente para a casa, onde desatava a cintura da esposa e, tomando-a nos braços, deitava-a numa cama e ali ficava durante algum tempo com ela; mais tarde, voltava muito docemente para o lugar onde se acostumara a dormir com os outros rapazes...”

Entendo essa passagem em dois aspectos importantes. Primeiramente a confirmação da atração sexual dos espartanos por pessoas do mesmo sexo de forma a impor como ritual a “masculinização” de uma mulher para manter relações sexuais com um guerreiro. Além disso, mesmo unindo-se a uma mulher, algo necessário a produção de “novos guerreiros para o estado” o espartano não passava a noite com sua companheira e sim com seus companheiros em abrigos coletivos.
Outro aspecto é o respeito as mulheres. Apesar do caráter dessas relações, o homem tinha o dever de ser gentil, carregando a companheira a um leito confortável e mantendo com ela relações sem estar embriagado.
Muitas vezes ouvimos no meio gay referencias debochadas sobre as mulheres, referindo-se a elas de forma desrespeitosa ou pejorativa, porém não devemos esquecer de reconhecer a importância da mulher na sociedade e na constituição da família a qual todos nós pertencemos independente de as termos ou não como objeto de desejo sexual, devemos respeitar a todos independente do sexo. Só é digno de respeito quem sabe respeitar!

De: “A Vida dos Homens Ilustres” – Licurgo – Autor: Plutarco

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