Consumismo e Protecionismo

“Depois disso, baniu também todos os misteres supérfluos e inúteis, e, ainda que por édito não os tivesse perseguido, teriam assim desaparecido todos, ou a maior parte, com o usa da moeda, quando não mais encontrassem quem ficassem com seus trabalhos, porque as moedas de ferro não tinham curso nas outras cidades da Grécia, antes zombavam dela por toda parte, e dessa forma não podiam os Lacedemônios comprar mercadorias estrangeiras...”


Refreamento do consumismo, colocando em primeiro plano a solução das reais necessidades. Protegeu também o produto nacional não permitindo o comércio de produtos estrangeiros, isso é, de outras nações fora de Esparta, inclusive os atenienses. Temos aqui dois problemas de nossa atualidade, primeiramente o consumismo desenfreado com a aquisição de coisas supérfluas, coisas as quais não temos necessidade e, frequentemente essas coisas supérfluas são objetos importados, produzidas de forma a agregar valor a matéria prima produzida nos países mais pobres.
Muitas vezes, em tempos de crise, vimos nossa indústria ser arruinada pela competição desleal de produtos estrangeiros além do “hábito burguês” arraigado em nossa sociedade de mentalidade “colonialista” que deprecia as coisas produzidas no país em pró do consumo as coisas vindas do estrangeiro. Um espartano deve ter orgulho de sua indústria, da força que gera emprego em seu país, preferir o nacional ao estrangeiro como forma de garantir o crescimento econômico de seu país e o emprego seu e de seus companheiros.
Além disso, a restrição a bens supérfluos redirecionou a valoração as coisas que realmente deveriam ter importância ao indivíduo como ferramentas e habilidades contribuintes a uma sociedade organizada e igualitária. O valor do espartano estava em sua terra e em sua maneira de viver.

De: “A Vida dos Homens Ilustres” – Licurgo – Autor: Plutarco


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