Homens Casados e Relações Sigilosas

Bastam alguns minutos em qualquer sala de bate-papos das grandes cidades e logo encontraremos com sujeitos que, escondendo-se atrás de uma tela de computador procuram de forma quase compulsiva um parceiro para sexo. Nada demais se deixarmos o moralismo à parte, porém, entre esses se encontram homens casados e encobertos pelo sacro manto do casamento procuram de forma sigilosa diversão na cama de outro homem.
Tentando analisar esse “fenômeno” pela ótica espartana, vejo a principio dois grandes problemas: a desonestidade e a irresponsabilidade, para consigo próprio e para ao menos mais uma pessoa envolvida.
A desonestidade, a pior espécie e aquela praticada a sí mesmo, pois acho pouco provável que uma pessoa possa ter igual preferência em relações com o sexo masculino e feminino, se o é desta maneira que fique solteiro e assim poderá desfrutar das suas relações a bel prazer. Optando-se por um relacionamento, seja hetero ou homo, o indivíduo deve no mínimo ser franco com o parceiro para que este relacionamento possa ser prazeroso para ambos. A falta de honestidade nessas relações faz com que uma das partes se sinta usada e dentro dos conceitos de honradez de um espartano isso não se enquadra. A parte moralismos, pois cada um deve ser juiz de si mesmo, mesmo que para sexo ocasional um espartano não deve se envolver com parceiros casados e ser o terceiro em uma relação heterossexual.
A irresponsabilidade, já que quer queira quer não essas relações acontecem dentro do campo das convenções já estabelecidas pela cultura judaico-cristã, o julgamento tende a ser feito dessa mesma forma. A um homem casado com uma mulher, que constituiu uma família, em uma “brincadeira” como esta de aventurar-se com outros homens, ao ser descoberta, causará grande prejuízo psicológico a todos os envolvidos. Esposa, filhos e parentes não tem o dever de compreender a traição ainda mais com um parceiro do mesmo sexo o que aos olhos da sociedade atual constitui um forte agravante.
Entendo que o ideal ao androfilo, do homem “espartano”, é sempre ser honesto consigo mesmo e com as pessoas que os cercam. Vale lembrar sempre que responsabilidade e honestidade são valores que atestam o valor de um homem, seja ele ou não um espartano.
As necessidades de constituir uma família, com filhos – se este é o pretexto – pode ser feita de várias outras formas, inclusive com a adoção, pois hoje a justiça vem se tornando cada vez mais aberta a conceder adoção a casais do mesmo sexo. A falta de coragem para enfrentar sua realidade não deve mascarar a covardia de se constituir uma relação de mentiras.

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