A Arte da Guerra

Incalculável é o valor do conhecimento, porém, para se tomar um conhecimento é necessário haver compreensão.
Trabalhando numa empresa, eu recomendei que um estagiário lesse uma vez a  “Arte da Guerra”. Eu mesmo já o havia lido algumas vezes e levava sempre comigo aos locais de trabalho. Quando o rapaz, ao ver o livro, mostrou-se curioso ao conteúdo, de pronto o recomendei como leitura e o emprestei para que lesse... Então...
Passados algumas dias, recebi o livro de volta. Perguntei sobre o que o rapaz havia achado do conteúdo e logo, pelo notar de sua reação esquiva percebi que não havia sido lido. Tomei o livro de volta e coloquei no lugar de onde o havia sido retirado. Não se falou mais nisso.
Após algumas semanas, ao estar lendo o livro novamente, o mesmo rapaz me interrogou:
- O que você acha de tão interessante nesse livro aí? Não entendi nada. A que me interessa saber sobre estratégia de guerra?
...foi então que entendi o “desentendimento” do colega, seu desinteresse!
A Fraternidade Espartana nos recomenda livros para ler, alguns sobre estratégias de guerra. A Arte da Guerra é um deles. Este livro escrito a centenas de anos tinha como objetivo inicial preparar os guerreiros para a luta nos campos de batalha, com armas, inimigo contra inimigo, em uma época em que as questões de honra eram resolvidas com sangue e o domínio era imposto com armas, nem sempre com a inteligência. O poder de análise, o uso correto do conhecimento e a inteligência faziam a diferença então entre um bom e um péssimo líder, fator decisivo na vitória ou derrota. Sun Tzu então nos conta sua experiência, a registra em um livro.
Tempos se passaram e ainda vivemos uma guerra. Nossos campos de batalha são nossos diversos círculos de convívio: trabalho, família, associações desportivas e religiosas. Uma realidade cruel, porém diariamente enfrentamos inimigos: crises, inabilidades para lidar com situações e pessoas, preconceito, pessoas “curiosas” que fazem da vida alheia objeto de preenchimento de distração; inimigos sorrateiros andam sempre a observar, especular, esperando brechas que nos pegue despreparados, desarmados, para nos entregar muitas vezes as armadilhas das mentalidades tacanhas. Como se preparava um homem para a guerra, temos que preparar o homem espartano para a vida. Em forma de analogias, podemos tirar lições importantes do que os velhos guerreiros, através desses livros nos deixaram de herança. Analisar a vida e a felicidade como um Estado a se conquistar, aos indivíduos como inimigos ou parceiros de batalhas, os terrenos como os estabelecimentos, as armas como os recursos que temo em mãos! Somente uma coisa não muda que é o poder das ações corretas e a natureza humana. É preciso aprender a ser guerreiro para viver melhor. A leitura desses livros nos ajuda a isso.









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