Halfdan?!

Halfdan?!


Estou de férias e, como é de se imaginar, a primeira semana foi imersa em uma tremenda preguiça. Dia de chuva, cama, livros e NetFlix. Realmente essa facilidade da vida moderna me pegou depois de dias e dias de audições sem poder expressar opinião em bate-papos entre colegas de trabalho, colegas de academia..., sobre as séries, mais especificamente Vikings! Ah, eu lá havia visto alguns episódios na tv a cabo e não havia me importado muito com isso. Pondo de lado a rabugice, resolvi assistir a série, um episódio, depois outro...
Aqui então abro uma premissa antes de continuar o comentário. Vocês viram que há um casal de homens no novo Star Trek? Então, desconfiei – e desconfio – desde sempre do Spock, mas ver um casal de homens se beijando na boca e agindo como um casal (com brigas e tudo!) no Star Trek foi fantástico! (risos esquizofrênicos) - tenente Stamets (Anthony Rapp) e seu parceiro, Dr. Hugh Culber (Wilson Cruz) – deixo o link da cena (https://www.youtube.com/watch?v=hrVDauh4yUE).
Mas, voltando aos Vikings, em um dos episódios aparece um personagem curioso – Halfdan, irmão do Rei Harold. Não tinha sorte com mulheres, vivia solitário, não possuía pretensões ao poder, extremamente discreto – e nesta altura vocês mesmo já devem ter imaginado o mesmo que eu imaginei até que, em dado episódio o governador da Scilia oferece a ele um “odalisco”; então não havia sido só eu que saquei! Ah, Halfdan, tu és um belo exemplo de espartano!
Em outro episódio, antes de matar seu irmão, Ivar sugere que seu Irmão Sigurd se diverte com homens, e depois é morto. E eu que achava que essas coisas só aconteciam nas ruas das grandes capitais (...só que não!).
Enfim, não imaginava que o mundo das séries estivesse tão liberal, integrando finalmente os homossexuais em suas tramas de uma forma realmente respeitosa, afinal de contas somos humanos temos defeitos e não vivemos num paraíso nas cores de arco-íris e unicórnios malhados com rola tamanho GG. O importante na coisa toda é o modelo, imaginar que os garotos de hoje podem crescer espelhando-se nesses personagens, com atitudes reais e longe do modelo caricato e ridicularizado do homossexual que tínhamos nas gerações anteriores aos anos 2000. 
Que venham então os Halfdans, os Sigurds, os Stamets e Drs. Culbers! Que sejamos mais humanos, que tenhamos mais defeitos é claro, sem precisarmos ser as vítimas, os palhaços ou os pagens de madames. Sejamos homens fortes, humanos, e orgulhoso de forma a não aceitarmos o papel ridículo de uma sociedade que nem mesmo a dramaturgia suporta mais!




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