Gay Friendly - O Caralho!
Esses dias, vagando aleatoriamente pelo youtube assisti alguns documentários, porém um dos que mais me chamou a atenção foi sobre os casos de homofobia em uma das cidades mais conhecidas do litoral brasileiro, conhecido destino turístico dito Gay Friendly...
Já tenho certa idade e acompanhei a transição das
certificações que ocorreram nas industrias, os selos de qualidade e
sustentabilidade, porém nunca ouvi falar de um selo que certificasse como gay
friendly uma instituição ou um estabelecimento. É claro que esses requisitos
estão sempre atrelados a questões mais abrangentes como responsabilidade
social, etc..., porém a questão central é: como um auditor, que não é homossexual, pode ter essa percepção
de que os direitos desta comunidade são mesmo respeitados? Somente um homem que ser relaciona com outro homem, ou uma mulher com outra mulher, pode ter a real percepção de como são tratados nesses locais, deve caber a eles o direito de estabelecer parâmetros para esta avaliação e dizer quem é ou não "gay-friendly", e não basta apenas tratar o "viado endinheirado" com respeito, deve dar emprego, amparar, não descriminar, evitar o bullyng, a violência... Deve repeitar o indivíduo homossexual antes do dinheiro "cor do cor-de-rosa" ou "pink money". Esta relação de "mecantilismo e tolerancia" e algo que já conhecemos de tempo dos agentes de prostituição.
Já faz um tempo, escrevendo este blog, venho alertando sobre
as questões de comportamento, principalmente dos jovens. Muitas vezes fui
julgado como alguém que apontasse um caminho de “volta ao armário” mas, a ideia
nunca foi essa. Creio que somente um comunidade forte e com poder de influencia
politica e financeira poderia fazer frente ao preconceito arraigado na
população. Nas instituições lideradas por heterossexuais, principalmente
homens, um homossexual dificilmente tem chances reais de galgar uma posição de
liderança ou destaque: “não serve para ser líder”, “com esse jeitinho ninguém
respeita”...e por aí segue uma série de justificativas que buscam manter estes indivíduos
em uma eterna posição de vulnerabilidade, "liderança é para homens" (no sentido heterossexual - é claro!).
Acredito que no futuro haverá entidades sérias, capazes de
formar auditores competentes dentro de um sistema de avaliação consistente e
que leve em consideração a percepção real de quem sofre o preconceito para
certificar o real “gay friendly” e o título seja mais que um apelo comercial
diplomado com uma bandeira de arco-íris comprada em uma loja de fantasias... As instituições de defesa devem se incomodar e buscar meios de criar um selo, uma marca passível de ser auditada por parâmetros consultados entre os membros das comunidades afetadas. Quem sabe este aspecto de duplicidade entre o interesse econômico e a questão da intolerância - tão perigosos quando se fala do "gay friendly" - seja eliminado. Fora isso, é somente uma isca perigosa para atrair a comunidade gay ao risco da agressão em um local ou ambiente pouco preocupado com sua integridade mas muito interessado em seu dinheiro. E como o michê que seduz o homossexual para roubar, história antiga com cara nova de corporativismo.
Quer uma dica? Da próxima vez que for a um estabelecimento "gay friendly" pergunte se tem algum funcionário gay, peça para ser atendido por ele...
Tiro certeiro, meu caro Recruta Espartano!
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